quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Hoje não trago flores...


Muito bem!
Querem voltar com esta parvoíce de retirar os Crucifixos das escolas e de outros lugares públicos porque atenta contra a liberdade religiosa, blá blá blá.

Hipócritas.
Só pegam em questões sem interesse nenhum.
Mais do que uma questão religiosa trata-se de um problema cultural e por mais voltas que os pseudo filósofos urbanos queiram dar, a nossa cultura confunde-se com o cristianismo.

Vamos então ser coerentes e urge também tomar outras decisões:
Aponto só 3, mas há muitas mais...

- Acabar com as comemorações dos feriados religiosos.
- Proibir as decorações de Natal nas ruas e lojas e acabar com os presépios em lugares públicos.
-Mudar o nome das povoações e edifícios com referências religiosas.


E a lista poderia continuar...

Haja paciência, tenham bom senso!

7 comentários:

analuciana disse...

Ora nem mais!
Mal comparado faz-me lembrar uma situação que se passou na sala de aula do meu marido, na ficha de avaliação de Dezembro, um dos problemas de matemática era com bolas e estrelas de natal, e os pais dos alunos Testemunhos de Jeová, exigiram que os filhos fizessem nova prova pois aquela questão era contra a religião deles.
O fundamentalismo é uma coisa que quanto a mim roça a ignorância, os miúdos não se iriam converter por resolverem uma soma de bolas e estrelas, caramba!
Por acaso os pais deles não usufruem dos feriados religiosos católicos se trabalham por conta de outrém? E certamente não recusam esses dias de folga!
Tenham santa paciência, há espaço para todos!!

Daniel C.da Silva disse...

Carlos

A matriz cristã não pode ser limpa da História com tudo o que trouxe nomeadamente a nível cultural, em particular na Europa. A celeuma que se levanta à volta deste tipo de questões vem sempre de grupos e pessoas reaccionárias na sua forma de pensar.

Esquecem-se que Estado é diferente de Governo, e que são as sociedades que enformam o Estado.

Mas as pessoas nao sabem respeitar aquilo que abominam... sem motivo nenhum... a nao ser como Saramago, um empedernido ateu que, lá por o ser, nao tem de fazer interpretações literais do Antigo Testamento como se fosse uma criança que acabou de ler uma história e acreditou em tudo aquilo, sem qualquer juizo crítico, e sem saber que o Novo Testamento compõe, igualmente, a Bíblia. Mas disso falei num post.

Um abraço

Bartolomeu disse...

Uma escola em termos actuais, deveria ser um espaço laico pronto a servir a multiplicidade de confissões religiosas sem que as mesmas sejam vistas como minorias ou indiferença. Sabemos como essas questões, em idades escolares, têm sequelas e discriminações.

Para isso existe o ensino privado e sectorial uni-direcional sobre o ponto de vista religioso, onde esse absolutismo pode seguir, servindo os mais diversos credos sem interferir com os hábitos cívicos que as crianças deveriam aprender e apreender desde a mais tenra idade.

Convenhamos, nem todos tem poder económico de proporcionarem aos seus filhos uma educação a esse ponto, de poder escolher ou sustenta-los nas melhores e mais caras escolas, o que per si já é tendenciosos e factor de divisão e elitismo, mas que numa sociedade tolerante com direito às diferenças tem o direito de existir.

O crucifixo, nas escolas públicas, com o devido respeito, é ainda um entrave à pluralidade, a menos que o mesmo local seja partilhado por símbolos religiosos de outras confissões, para que todos se sintam acolhidos, na universalidade e cosmopolitismo de uma sociedade moderna e em evolução.

Obrigado.

Abrç

Daniel C.da Silva disse...

Olá de novo

Concordo com o que escreve o Bartolomeu, mas gostaria, com a tua permissão, de ressalvar isto:

foi a Associação Ateísta Portuguesa que garante que vai pedir a retirada de todos os símbolos religiosos e, cito: "Faremos uma reclamação para que sejam retiorados todos os ímbolos. Não só nas escolas, mas também nos hospitais, quartéis e outros edifícios públicos".

Ora se não se deve incorrer em fanatismos, a Associção acaba de incorrer num. Antes de mais porque ela não é representativa da maioria dos portugueses. Muito pelo contrário.

Em segundo lugar, porque os crucifixos podem ser retirados das escolas se houver uma reclamação dos pais ou de alguém em contacto directo com a escola (como professores, por exemplo). Já é possível nao são necessarios mais histerismos fanatico--religiosos. Já é possivel, ponto final.

Há ainda a ter em conta que, além dos símbolos ainda se celebram festas religiosas e, muitas vezes, os proprios nomes dos estabelecimentos referem figuras religiosas. O nome de santos ou figuras religiosas também serviram para baptizar muuitas escolas em Portugal. Se estivessemos num país budista, isto equivaleria a retirar os budas e sua tradição em nome de minorias e ateísmos?

Finalmente, as peças de teatro que contam as histórias do Natal são comuns nas festas de escola. É apenas outro exemplo de festas religiosas que também são vividas nas escolas portuguesas. Faz-se o quê? Em nome de uma pluralidade que nao representa a maioria, retirem-se também os teatrinhos e festas nas escolas básicas?

Há espaço para todos. Há respeito para com todos. Só os devotos ateístas ou falaciosos defensores da diferença -quando a sociedade portuguesa que dá corpo ao Estado é composto por uma maioria católica sem invalidar o espaço inter-confessional- é que se lembram de não-qusstões.

Aproveito, ainda, Carlos, para te "redizer" que nao deixo de visitar o teu blog tal como faço com o Nélio, mas que me fico pelo espanto ou simples admiração simpática do carinho e das flores que vais partilhando.

Abraço

Snl disse...

Ora, lol, por mim era na boa se fosse ateu! Não é grande alarido o natal e páscoa cá em casa e trabalho nos feriados e fins de seman!
Mas depois tou-me a borrifar para os crucifixos nas salas de aula, na minha sala de aula haviam dois e olha pra mim todo agnóstico! lol, cada cabeça sua sentença!

Abraço

Maca disse...

Eu tampouco estou dacordo con quitalos, non hay que discriominar a nadie pola súa relixión, hay que respeta-las ideas de todos, con un crucifijo pendurado nunha parede non se está obligando a nadie
Deberian de preocuparse por outros temas ,que sí fan mal a o mundo, pero en fín,.
Tamén tes razón con iso dos feireados etc.
Dentro de nada vai ser pecado ser critiano.

João Roque disse...

Não percebo tanto alarido, quando se verifica que o crucifixo já não está presente na grande maioria das salas de aula do nosso país; assim como a foto do "venerando" chefe de estado: são coisas de um passado, e não se apagam com decretos - é a própria evolução da sociedade.